O homem é um ser vivo muito complexo e existem vários pontos de vista a partir dos quais ele pode ser estudado: biológico, psicológico, social, espiritual.
A ciência partiu da filosofia, como busca intelectual da verdade e chegou ao método científico, baseado em hipóteses e verificações experimentais, compartilhadas pela maioria dos estudiosos. Sendo um homem tão complexo, é difícil aplicar esse método, que, em vez disso, se mostrou muito útil no estudo da natureza em seus aspectos físicos, químicos e biológicos. A tendência para a especialização dos estudos foi então verificada na tentativa de simplificar e dividir o homem em várias partes, cada ciência aprofundou um aspecto diferente com suas próprias teorias e métodos. A psicologia encontrou ainda mais dificuldades, uma vez que a mente e o comportamento humano são influenciados por muitos fatores internos e externos, que não são cientificamente controláveis. Como é sabido, desenvolveu-se um remédio que separa os vários órgãos, o sistema nervoso e a mente, todos intimamente conectados. Subseqüentemente, o desenvolvimento da psicossomática, que estuda precisamente a influência recíproca entre a psique e o corpo, mostrou essa unidade agora claramente para todos. A mesma psicologia, em sua tentativa de se tornar científica, utilizou modelos, como o animal e o computador, que não correspondem à realidade humana específica e focalizaram a atenção nos aspectos internos e inconscientes, negligenciando os outros. Hoje assistimos a um grande interesse pela medicina natural e pela psicossomática, tanto que na Itália fala-se de mais de 9 milhões de pessoas, em constante crescimento, que já estão se voltando para essas terapias e foi apresentado um projeto de lei para regular o setor como acontece em outros países europeus, já atuando em muitos hospitais italianos de departamentos de medicina natural.
'Realtà medica 2000', revista INI n. 1/2004